quarta-feira, 24 de setembro de 2014

CHICOTADAS DE HEAVY METAL

Evento: NOITE DO AÇOITE - 1ª Chibatada | Data: 13/09/14 | Local: Centro Cultural Dosol | bandas: Vinculum (PB), Maddög (SP), Terrorzone (RN) e Em Ruínas (SP).

  Setembro em Natal é conhecido como o mês mais etílico do ano, e este ano, tambem como mês da NOITE DO AÇOITE - 1ª Chibatada, produzido pela DRAGON ROUGE PRODUÇÕES, que tem em sua agenda eventos marcantes para capital potiguar, a NOITE DO AÇOITE trouxe um cast interessante, começando pela paraíbana VINCULUM,  que está apenas em sua terceira apresentação e já veio lançando o primeiro EP, a banda abriu o show por ser a mais nova do line, mais nova, mas não menos experiente, pois traz em sua formação três gerações de Bangers. Iniciando o açoite Metálico às 23h18m com as duas autorais Indecifrável Mundo e Ser Humano, que fala sobre a revolução industrial no Brasil e tem pegada bem oitentista. Com pouco mais de 50 pessoas na casa, os ânimos se exaltaram com o cover Sangue Frio da banda Azul Limão.
  Viajante do Tempo é uma nova faixa da banda e foi apenas observada pelo público, Kamikaze do Rock,  da banda Made In Brazil deu inicio a uma transmissão de energia, e pra mim, o show começou nesse momento, a portaria ficou meio tumultuada e os Bangers acompanharam Olhos e Alma já batendo as cabeças e após outra nova, Sons de Liberdade, aplaudiram o solo do batera Jacob emendado com Tolo (autoral) e Náufrago  da Harppia que levou todos ao pé do palco e foi cantada pelo coral de Bangers, que curtiram a também nova Noites em Chamas, Pássaro Sem Domínio e assistiram os paraibanos encerrar o show deles com nada mais nada menos que Noite de Rock, nem preciso dizer a banda e muito menos o que aconteceu, até os músicos estavam empolgadíssimos, Ari executou os solos da música com feeling e deixou um gosto de quero mais.
  Uma hora de show que mostrou a evolução da banda, pois assisti  a um show deles em junho desse ano e percebi a melhora na banda que já era boa, o vocalista Moisés, um coroa com uma voz aguda e entoada de um garoto, e a harmonia entre os 4 instrumentistas da banda que faz do som deles um Metalzão gostoso de ouvir e bater cabeça. Stay VINCULUM!
     Às 00h38m chega a hora de uma das headliners da noite, MADDÖG faz um Rock in Roll na linha dos mestres do estilo, e por questão de agenda dos músicos participantes, pois a banda é basicamente o Erick, trouxe Cláudio Slayer (EYH) no baixo e Ivan Sabbath (NIGHTUNTER)  na batera, e acho que por isso, fez um set curtíssimo, sem dar tempo pra instigar o público, acho que em outra ocasião a MADDÖG terá que nos pagar essa dívida, e apesar de não ter sido ensaiado, o quarteto, que nesse show foi formado pelo dois músicos potiguares e Armando Macedo (FLAGELADOR), apresentaram-se muito bem, mas merecia umas dez faixas e pelo menos um cover da Motörhead, que é a influência escancarada da banda, não comprei lá, até porque não tinha, mais vou comprar o disco da banda pra conhecer mais um pouco,o som deles é muito bom!
   Madrugada adentro sobe ao palco a banda mais antiga do cast, a potiguar TERRORZONE,  que  é
tão antiga quanto intermitente na cena trazendo Paulão Vianna e Reinaldo Maká, fundadores da banda, Ariane Salgado no vocal e violino, ela introduz o instrumento por onde passa, e Mateus na bateria. Com um disco lançado na década de 90, os potiguares executaram o set baseado nas músicas antigas do CD e das demo-tapes da época em que muitos de vocês nem tinham nascido, mas com a entrada da diva na voz as músicas ganharam uma nova roupagem, que deu trabalho para ser aceita por alguns seguidores da TERRORZONE. Mas vamos lá. Tirando os dois véios da banda e o batera que tem que ficar sentado, Ariane deu uma melhorada em sua presença de palco, parece que ela vestiu a peita da TERRORZONE e agora transmite uma boa energia ao público,  e com violino dando um ar melódico ao Heavy/Thrash do grupo, eu achei que ficou bem interessante, pois cobre a falta de uma segunda guitarra em alguns momentos apesar da bagagem técnica de Paulão, que melhorou alguns solos da antigas faixas. 
  As faixas mais curtidas pelo público foram Fight, os três covers, Breaking The Law (lindo, na voz de Ariane, começando cadenciado e evoluindo durante a faixa), Divina Tormenta (Sodoma, uma das primeiras bandas de Metal de Natal) e Princess Of The Daen, parecem ter sidos tocados pra mim, obrigado! (risos), Give Me A Chance foi aplaudida por todos, além de Cru Cus Clan (Acho que é assim que se escreve), Tyrants e Scorn Of The Fools, da segunda demo deles lá de mil novecentos e volts.
  No conjunto da obra foi uma grande apresentação da TERRORZONE,  que está em pré produção do segundo Full Lenght, espero que não demore muito, pois nesse show não tocaram nenhuma faixa nova, e nós merecíamos viu Paulão, e torço que a formação atual perdure por muito tempo, pois pra mim está perfeita!
   Já pelas 03h começa o som da paulistana EM RUÍNAS, que traz em seu line up o Erick Maddög e Armando da FLAGELADOR, e iniciou o set com as faixas que foram bastante tocadas na Rádio DaPeSaDa, tendo como membro fixo o vocal e guitarra Igor, que no meu ponto de vista, é meio estrela e não tem cara de muitos amigos. Talvez isso tenha causado um fato inusitado em sua apresentação, pois a base do público do show era de Natal, e por aqui a galera não tem papa na língua,  após a  terceira ou quarta faixa, a banda não conseguiu transmitir energia, não contagiou...Nem sei explicar direito, só sei que começou um côro gritando por músicas da Flagelador, pois o Armando fez um show memorável em fevereiro desse ano em Natal, e com sua simpatia conquistou a admiração de muita gente por aqui.
   No final de tudo, o show foi mais FLAGELADOR do que EM RUÍNAS, então, nem tem muito o que eu comentar.
  Sobre o evento, Parabéns a Laali e Raffael pela organização do mesmo, que ocorreu dentro dos conformes mesmo com o show que rolou antes do evento na mesma casa, que deu um quebrada no planejamento da NOITE DO AÇOITE, mas que foi muito bem contornado pela produção, acho também que  o show merecia um público maior, pois deve ter comparecido aproximadamente 120 pessoas, e eu estimava pelo menos 200. Espero que o casal produtor observe se houve alguma falha nesse evento e corrija na 2ª chibatada, pois eles estavam à par de todos os acontecimentos e é quem pode julgar os acertos e os erros para unir isso à experiência que já carregam. Ao LC Hunter, a cerveja estava geladíssima e com ótimo preço, tomei um bocado (KKKKK) E até o próximo!

Texto por Adiel Soares
Fotos por Cláudio Ricardo e Adiel Soares



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